Cantora se apresenta em São Paulo e no Rio de Janeiro, 27 e 28 de novembro
Com 17 anos, Melanie Martinez encarou seu primeiro reality musical e foi escolhida por Adam Levine para ser de sua equipe em The Voice. Antes disso, ela se apresentava em shows de talentos na escola e recitais em Long Islands. Com uma voz peculiar e um estilo inovador, Melanie chegou aos seis finalistas do programa, mas não sobreviveu. Mas o que o programa fez com sua carreira? Fez com que ela ficasse tão cansada de cantar covers que ela resolveu escrever um disco autoral com toda sua força possível.
O processo de composição durou mais de um ano, com ótima produção e o mais importante, muita criatividade. Melanie escreveu “Cry Baby” um dos discos mais originais de 2015. O disco conta uma história, sua história de vida e quão crescer pode ser difícil e gratificante. O tracked. conversou com a cantora – que agora tem 20 anos – e descobrimos mais sobre esse trabalho e sua carreira. Melanie vai se apresentar em São Paulo e no Rio de Janeiro, 27 e 28 de novembro respectivamente. Por que o Brasil? Porque sua rede foi inundada de pedido de fãs brasileiros. Leia a entrevista na íntegra.
Quão importante foi para você lançar “Cry baby”?
- Foi muito importante para mim porque é tão pessoal. “Cry baby” sou basicamente eu. Porque eu sou uma bebê chorona. E é um álbum muito pessoal, e eu estou muito animada para contar essas histórias de todas as formas possíveis. E eu vou fazer um vídeo clipe para cada música para que eu realmente consiga contar as histórias de cada música de uma forma visual.
Basicamente, cada música é uma história que se complementa. Como foi esse processo de contar seu crescimento pela música?
- Então, “Cry Baby” é a primeira música, e é sobre quem ela é. A segunda música é “Dollhouse” e é onde ela está vivendo. E “Sippy Cup” um olhar mais obscuro sobre sua vida familiar. E “Carousel” é o seu primeiro amor. “Alphabet Boy” é o término desse primeiro amor e depois disso ela está com muito medo de se apaixonar de novo, mas ela está se apaixonando por outra pessoa, mesmo com medo. “Training Wheels” ela se abre e percebe que realmente está apaixonada. Na próxima música ela gosta dele e ela faz uma festa de aniversário, mas nenhum de seus amigos aparece, essa é “Pity Party”... e claro que algumas dessas coisas não aconteceram comigo. Algumas partes do álbum que ela experimentou e eu não. Coisas como ser sequestrada. Obviamente eu não fui sequestrada, mas muitas coisas que ela passou, foi minha história. Eu acho que o álbum todo foi uma forma de transformar o termo “bebê chorão” mais em um elogio do que um insulto. Porque sempre tiraram sarro de mim por ser uma pessoa muito emotiva, e o termo “bebê chorão” sempre ficou muito associado a mim. Então eu acho que quero realmente abraçar isso agora.
Por que você acha que é importante falar sobre momentos obscuros também?
- Eu acho que é importante dizer a verdade e ser honesto em música, e se for para ser sombrio, que sejamos de verdade.
Por que não é normal na música pop ultimamente falar sobre isso? A maior parte das pessoas está falando sobre festas e garotos. Certo?
- Eu acho que é importante principalmente na música pop porque a música pop é um dos gêneros que as pessoas mais escutam de música. Todo mundo ouve música pop. Eu acho que é importante dividir histórias reais e dizer coisas reais por isso, porque é mais acessível.
Você se considera pop?
- Eu não acho que minha música faz parte um gênero específico. Mas se fosse para escolher com certeza seria o pop. Eu gosto de fazer música pop porque eu digo coisas que a maioria das pessoas não diz, sabe? E essa música fica mais acessível para todos ouvirem.
O que os brasileiros podem esperar do seu show?
- Muita diversão com certeza.
E por que você decidiu tocar no Brasil?
- Eu recebo muitos comentários no Instagram e no Twitter de fãs brasileiros. Eu acho que essa oportunidade é muito excitante.
Como a sua arte na fotografia influenciou seus vídeos?
- Eu acho que porque eu realmente cresci assistindo a muitos filmes, acho que isso realmente aparece nos meus vídeos. Eu acho que eu naturalmente chego com as ideias e ajudo nos conceitos. Eu agora realmente estou empenhada em fazer clipes .
E quais seus próximos planos?
- Quero continuar escrevendo música. É só isso que eu quero fazer.
